Jurandyr Noronha (1916-2015)

Com profundo pesar, expressamos nossos sentimentos pela perda de Jurandyr Noronha.  Jurandyr era decano dos pesquisadores, Conselheiro do CPCB, colaborador sempre presente e um dos seus mais entusiastas apoiadores. Nosso abraço e solidariedade para a família e amigos, e nossa saudade e gratidão pelo enorme legado que deixa.

Segue abaixo um resumo de sua enorme contribuição ao Cinema Brasileiro.

Escritor, pesquisador e cineasta, nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 1916.

Seu trabalho na busca pela preservação da memória cinematográfica brasileira é reconhecido como um dos mais importantes já realizados no país, tendo o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, em sua homenagem, atribuído o nome “Coleção Jurandyr Noronha”, ao seu acervo de arquivos sobre o cinema documental brasileiro.

Como cineasta, realizou diversas produções, com destaque para: Panorama do Cinema Brasileiro, 70 anos de Brasil, Cômicos… + Cômicos…; Uma Alegria Selvagem, A Medida do Tempo, o Cinegrafista de Rondon e Oswaldo Cruz, além de muitos curtas-metragens.

Como escritor, publicou os livros No Tempo da Manivela, Pioneiros do Cinema Brasileiro, A Longa Luta do Cinema Brasileiro, Dicionário do Cinema Brasileiro – de1896 a1936 – Do Nascimento ao Sonoro, O Momento Mágico e Bravos Companheiros.

Realizou o CD-ROM Pioneiros do Cinema Brasileiro.

Como curador, organizou as exposições “75 Anos de Cinema (1970)”, “Pioneiros do Cinema Brasileiro” (Frankfurt-1994), “200 Anos de Indústria no Brasil” (área de cinema- 2007/2008) e participou da exposição “O Rio no Cinema – o Cinema no Rio” (1988).

Em 2012, lançou o livro Bravos Companheiros, em que traça, através dos personagens modestos de uma pequena cidade, um painel dos acontecimentos que marcaram o século XX. No livro estão presentes muitos personagens que protagonizaram momentos históricos como Washington Luiz, Getúlio Vargas, Santos Dumont e Juscelino Kubitschek, ao lado de figuras comuns que contribuíram para fazer a história do país.

Veja aqui o programa Jurandyr Noronha: Tesouros Quase Perdidos, perfil do grande pesquisador realizado pelo associado Carlos Alberto Mattos para o Canal Brasil em 2009.  

 

Um comentário

  1. José Umberto disse:

    Conheci Jurandyr, no Rio, em 1972, onde estava registrando o meu primeiro longa “O anjo negro” no INC. Foi um contato rápido mas que me marcou a sua presença. Ele me perguntou, então, se conhecia “Anjo Negro”, peça de Nelson Rodrigues. Sempre fora um apaixonado pela obra do teatrólogo pernambucano, mas nunca lera esta peça. Na verdade, meu filme tinha duas inspirações básicas: o `anjo negro´ Gregorio Fortunato, espécie de guarda-costa noir do presidente Getúlio; e o icônico filme de Josef von Sternberg feito nos anos30 expressionistas com a célebre Marlene Dietrich. Juntei assim o mito solar temperado com o mito lunar dos trópicos. Uma fusão com o sabor macunaímico. Jurandyr Noronha, desse modo, entrou p´rá minha memória pessoa,l ainda cedo, embora já fosse um baluarte memorialístico do Cinema Brasileiro.

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